É
PURO PODER!
O
movimento negro nos EUA tem um rosto e voz: Kendrick Lamar
É
julho. Um protesto contra a prisão de um menino de 14 anos movimenta Cleveland,
Ohio. A policia chega com seu spray de pimenta e tenta dispersar a multidão.
Não
consegue. Todos se reúnem com seus traumas pelas mortes em confronto com a
policia e intensificam a revolta:
“Nigga, we gon’be aldright/
Nigga, we gon’be alright/ We gon’be alright/ Do you hear me, do you feel me? We gon’be alright”, entoam todos, o que pode ser
mais ou menos assim:”Nego, vai fiar tudo bem. Você me ouve? Você me entende? Vai
ficar tudo bem”.
Escutem:
É
um visual de protesto e com poder sobre quem esta no conflito. É uma expressão
de resistência e sobrevivência. Em entrevista o jovem Kendrick afirma que suas
musicas refletem sim o momento de seu povo. “esta no sangue, entende. Porque
sou Trayvon Martin. Eu sou todas estas crianças . Esta implantado no seu cérebro
para que saia pela sua boca, assim que você vê pela TV. O incidente é só o estalo
para mim”.
E
Trayron Martin tinha 17 anos e estudava em Stanford quando foi morto por um segurança
que não foi preso, em 2012.
É
consenso. Negros que vivem em certos bairros tem mais chance de ir para a prisão
do que ir para a universidade. Negros representam, 50% da população carcerária
e apenas 12% da população do pais.
A
questão racial é o debate politico do momento nos Estados Unidos. É uma relação
ruim, mas a relação de convivência, a experiência brasileira é muito pior.
Vivemos
um momento de grandes questionamentos e como diz Harry Belafonte: lutamos por
igualdade e esquecemos nosso filhos, hoje encarcerados ou mortos. Por um estado
que ajudamos a reconstruir.