sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Nigéria resgata mais de 300 estudantes sequestrados pelo Boko Haram

 Nigéria resgata mais de 300 estudantes sequestrados pelo Boko Haram

Um total de 344 meninos foram encontrados em uma floresta

Nigéria resgata mais de 300 estudantes sequestrados pelo Boko Haram

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mais de 300 estudantes sequestrados no estado de Katsina, no noroeste da Nigéria, na semana passada, foram entregues a agentes de segurança do governo nesta quinta-feira (17), disse o governador Aminu Bello Masari.

Os jovens, cujo rapto foi reivindicado pelo grupo terrorista Boko Haram em uma gravação, estão a caminho de casa e devem ser examinados pelos médicos antes de se reunirem com suas famílias, informou Massari ao canal estatal NTA.

Um total de 344 meninos foram encontrados em uma floresta no estado vizinho de Zamfara, segundo o governador, mas ainda há desaparecidos. "Nós recuperamos a maioria, mas não são todos eles."

Mais cedo nesta quinta, um vídeo foi divulgado supostamente mostrando membros do Boko Haram com alguns dos meninos. As imagens, com o emblema dos terroristas, mostra um grupo de meninos em um bosque pedindo para que as forças de segurança deixem a área.

O pai de um dos desaparecidos, que se identificou apenas como Umar, disse que seu filho, Shamsu Ibrahim, era um dos garotos falando no vídeo.

"Todos os exércitos que vieram aqui para nos ajudar, por favor, mandem-nos de volta. Eles não podem fazer nada para nos ajudar", diz o menino. O Boko Haram tem um histórico de transformar cativos em combatentes jihadistas.

Manifestantes marcharam na cidade de Katsina com cartazes dizendo "traga nossos meninos de volta". "O norte da Nigéria foi abandonado à mercê de insurgentes cruéis, bandidos, sequestradores, ladrões armados, estupradores e uma variedade de criminosos endurecidos", disse Balarabe Ruffin, da Coalizão de Grupos do Norte.

Na sexta (11), mais de cem homens armados com fuzis AK-47, em motos, atacaram a escola secundária na cidade de Kankara. Muitos estudantes conseguiram fugir, mas mais de 300 foram alcançados, separados em vários grupos e levados pelos terroristas, segundo moradores ouvidos pela agência de notícias AFP.

Em uma mensagem de áudio divulgada ne segunda (15), um homem que se identifica como líder do grupo terrorista reivindicou o sequestro.

"O anúncio da reivindicação pelo Boko Haram destruiu toda a esperança que tinha de voltar a ver meu filho em breve", disse Ahmed, pai de um dos desaparecidos, que se reuniu com outros pais perto da escola agora vazia.

O Boko Haram, cujo nome, na língua local hausa, significa "a educação ocidental é proibida", atua no nordeste da Nigéria desde 2009. O novo sequestro pode significar uma expansão do grupo para o noroeste do país –ou indicar que formaram alianças com militantes que atuam na região.

O grupo terrorista também está por trás do sequestro de mais de 200 meninas de uma escola secundária na cidade de Chibok, em 2014.

Noticia: Noticiasaominuto

Estudantes nigerianos voltam pra casa após sequestro


 Libertados de sequestro, estudantes nigerianos voltam para casa

Dezenas de estudantes que foram resgatados de sequestradores no noroeste da Nigéria chegaram em casa nesta sexta-feira (18), muitos deles descalços e agarrados a cobertores. 

Imagens de televisão mostraram os garotos vestindo roupas empoeiradas e aparentando cansaço, mas em boa condição, ao descerem de um ônibus na cidade de Katsina e caminharem até um edifício do governo.

Um deles, que tinha lama seca grudada no rosto, disse à Channels TV que os sequestradores os alimentaram com pão e mandioca.

"Era frio", disse ele ao repórter. Indagado sobre como se sentia quando o ônibus chegou a Katsina, ele respondeu: "Fiquei muito feliz", e sorriu.

"Estamos muito gratos. Estamos muito gratos. Estamos muito gratos", disse um homem que afirmou à televisão Arise ser pai de dois dos meninos.

Uma semana antes, atiradores em motos invadiram o internato dos meninos na cidade vizinha de Kankara e conduziram centenas deles à vasta floresta de Rugu. Autoridades disseram que serviços de segurança os resgataram nessa quinta-feira, mas não ficou claro se todos eles foram recuperados.

O sequestro afligiu um país já abalado com a insegurança generalizada e lembrou o rapto de mais de 270 alunas na cidade de Chibok, no norte, cometido em 2014 pelo grupo militante islâmico Boko Haram.

Seis anos depois, só cerca de metade das meninas foi encontrada ou libertada. Algumas foram forçadas a se casar com combatentes, e outras foram dadas como mortas.

Horas antes de o resgate dos meninos ser anunciado, começou a circular na internet um vídeo que supostamente mostra militantes do Boko Haram com alguns dos meninos. A Reuters não conseguiu verificar a autenticidade da filmagem, nem quem a divulgou.

Nesta sexta-feira, os estudantes da Escola Secundária de Ciência do Governo desembarcaram dos ônibus em fila única, flanqueados por soldados e policiais armados, e foram conduzidos ao edifício do

Noticias:https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2020-12/libertados-de-sequestro-estudantes-nigerianos-voltam-para-casa


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Nigéria tem dificuldades para estudar e conter coronavírus no seu pais

Nigéria enfrenta dificuldades para estudar e conter coronavírus

O país, que conta com centro internacional de pesquisas sobre doenças infecciosas, não consegue arcar com os custos de testagens diárias da população

Os esforços científicos da Nigéria para identificar e tratar casos de coronavírus não foram suficientes no enfrentamento da pandemia. É o que mostram números de testagens diárias no país, que estão abaixo do recomendado. 


A produção de testes não alcançou números satisfatórios. O objetivo de realizar a testagem em cerca de 50 mil pessoas por dia, média recomendada por especialistas, em vista do tamanho populacional do país, não chegou perto de ser cumprido: até agora, os laboratórios nigerianos não conseguiram ultrapassar uma média de 18 mil testes diários para sua população. 


Esta grande lacuna de testagens diárias cria um distanciamento entre o que se sabe da transmissão da Covid-19 entre a população nigeriana e o que realmente está acontecendo. Assim, se torna extremamente difícil de estruturar o sistema de saúde nacional para suportar aumentos de contaminações, assim como inviabiliza políticas públicas de prevenção ao vírus. 



Ainda em março, no início da pandemia, a Nigéria contou com o apoio do Centro Africano de Excelência para Genômica de Doenças Infecciosas (ACEGID), que se localiza no país, na Redeemer’s University. A instituição, que é mantida pelo Banco Mundial, auxiliou que o genoma do vírus fosse sequenciado rapidamente: assim que o primeiro caso foi confirmado em território nacional, o processo ocorreu em pouco menos de três dias. 


Grupos de pesquisa como o ACEGID auxiliam o Centro Nigeriano de Controle de Doenças na linha de frente do combate e estudo do coronavírus. No entanto, o investimento público em infraestrutura científica no país tornou o trabalho de pesquisa muito mais difícil. 


A AGECID conseguiu ter grande protagonismo no estudo e na contenção do Ebola em diversos países africanos. No entanto, a Covid-19 tem características opostas ao vírus que se alastrou pela África Ocidental, e o suporte financeiro da Nigéria não foi suficiente para arcar com os custos. 


Há tempos, no entanto, que o país tenta acelerar o desenvolvimento de sua estrutura de pesquisa. Em 2002, o governo Nigeriano estabeleceu um plano de investimento de 1% de seu Produto Interno Bruto (PIB) para a ciência nacional. No entanto, crises financeiras nacionais e internacionais vêm atrapalhando o cumprimento da meta. 


Somente o investimento sistemático em educação, desde a base até níveis superiores e de especialização, darão ao país uma infraestrutura que o permita estar apto a desenvolvimentos científicos robustos. 


Fonte: The Next Web 


quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Jihadistas tomam centenas de civis como reféns na Nigéria

Jihadistas tomam centenas de civis como reféns na Nigéria


Supostos combatentes do Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP) invadiram uma cidade do nordeste da Nigéria e tomaram centenas de civis como reféns, como parte de uma estratégia de controle de território e de populações civis na região do Lago Chade.

"Terroristas do ISWAP assumiram o controle de Kukawa (na região do lago Chade) na quarta-feira e tomaram centenas de civis como reféns", afirmou Babakura Kolo, chefe de uma milícia civil.

Os habitantes de Kukawa haviam retornado recentemente para suas casas depois de passar dois anos em um campo de deslocados devido à violência que afeta a região do lago Chade desde 2009 e ao surgimento do grupo jihadista Boko Haram em Maiduguri, a capital do Estado de Borno, no nordeste do país.

Estima-se que depois de mais de dez anos de conflito, dois milhões de pessoas continuam deslocadas.

Apesar dos riscos de segurança significativos apontados pelas ONGs, o governo local insiste em desfazer os campos de deslocados insalubres e lotados, e organiza missões de repatriação para os civis.

Um líder local que conseguiu escapar contou que o grupo havia retornado no início de agosto com a esperança de cultivar suas terras, "mas acabaram de maneira imediata nas mãos dos insurgentes".

- "Áreas de controle" -

"Não sabemos o que vão fazer com eles, mas esperamos que não os machuquem", afirmou o líder comunitário, que prefere manter o anonimato.

"No momento, não podemos falar de uma tomada de controle da cidade, mas de um grande assalto", explicou Yan St-Pierre, diretor do gabinete de investigação em contraterrorismo Mosecon.

Kukawa fica perto da grande cidade de Baga, na periferia do lago Chade, uma zona controlada pelo grupo ISWAP, que se separou dos extremistas do Boko Haram em 2016.

Vinculado ao grupo Estado Islâmico (EI), o ISWAP executa ataques principalmente contra o exército nigeriano. Já matou centenas de soldados.

Também controla cidades de tamanho médio e várias localidades. Milhares de civis vivem sob seu controle.

"Os insurgentes se concentraram em uma estratégia voltada para a população civil para ganhar 'seus corações e suas mentes' e substituir os governos federal e local", escreveu no final de julho Martin Roberts em seu último relatório do Jane's Group, grupo de reflexão para as questões de segurança.

No entanto, aponta Vincent Foucher, pesquisador no Centro Nacional francês de Pesquisa Científica, este ataque "mostra claramente que o ISWAP não quer que as autoridades reimplantem as comunidades em suas áreas de controle".

Em outro ataque realizado na segunda-feira em Magumeri, 50 km ao noroeste de Maiduguri, o exército nigeriano repeliu os jihadistas, que incendiaram vários prédios públicos e realizaram saques, constataram repórteres da AFP no local.

O ISWAP reconheceu a autoria deste outro ataque em um comunicado no qual afirma ter "matado e ferido um número não identificado de pessoas e incendiado edifícios da Cruz Vermelha".

Mais de 36.000 pessoas morreram desde 2009 em atos violentos na Nigéria e mais de dois milhões continuam deslocadas.

A ONU declarou na semana passada que 10,6 milhões de pessoas, de um total de 13 milhões, dependem de ajuda humanitária para sobreviver nos três estados da Nigéria mais afetados pelo conflito jihadista (Borno, Yobe, Adamawa).

terça-feira, 4 de agosto de 2020

18 pessoas que tinham sido feitas reféns por gangues armadas são resgatadas na Nigéria

A operação foi realizada contra gangues após o ataque de pessoas armadas no distrito estadual de Owerri.]

18 pessoas que tinham sido feitas reféns por gangues armadas são resgatadas na Nigéria

No sul da Nigéria, um dos países da África Ocidental, foram resgatados um grupo composto por mulheres e crianças, que foram feitos reféns por gangues armadas no sul da Nigéria.

O chefe da polícia estadual de Rivers, Nnamdi Omoni, disse que a operação foi realizada contra gangues após o ataque de pessoas armadas na província de Owerri.

Omoni informou que 18 pessoas foram salvas na operação, incluindo mulheres e crianças, elas tinham sido feitas reféns por pessoas armadas.

Foi declarado que três membros de gangues armadas foram neutralizadas na operação, Omoni disse que uma pessoa foi pega e que a munição pertencente às gangues também foi apreendida.

As informações sobre quando os reféns foram sequestrados ainda não foram compartilhadas.


sexta-feira, 17 de julho de 2020

Imagens inéditas. Gorilas mais raros do mundo fotografados com as crias

Os gorilas de Cross River vivem na Nigéria e nos Camarões e distinguem-se subtilmente de outras espécies - têm cabeças mais pequenas, braços mais longos e pelos mais claros.



Imagens inéditas. Gorilas mais raros do mundo fotografados com as crias


Foi a primeira vez em muitos anos que gorilas-do-rio-cross (gorilla gorilla diehli) - considerados uma subespécie rara - foram avistados e capturados pela objetiva de uma câmara. E, desta vez, surgiram com crias, o que deixou as organizações de conservação da vida selvagem otimistas. Estima-se que existiam apenas 300 gorilas a viver nesta área da Nigéria.

A Wildlife Conservation Society (WCS) diz que esse avistamento traz esperança de que o risco de extinção fique reduzido, uma vez que significa que os gorilas se estão a reproduzir.

A WCS na Nigéria, uma organização não governamental internacional, revelou que as imagens foram capturadas por câmaras deixadas propositadamente para captar os animais no seu habitat.




Os gorilas de Cross River são os mais raros do mundo, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

São cautelosos com os seres humanos e distinguem-se subtilmente de outras espécies - têm cabeças mais pequenas, braços mais longos e pelos mais claros.


Imagens inéditas. Gorilas mais raros do mundo fotografados com as crias


Sabe-se que os primatas vivem em algumas áreas montanhosas da Nigéria e nos Camarões, país vizinho, mas raramente são vistos.

O WCS diz que a a trabalhar em estreita colaboração com uma organização comunitária, a Associação de Conservação das Montanhas Mbe, - onde as imagens foram capturadas - bem com as autoridades do estado de Cross River, na Nigéria, para proteger os gorilas