Até o
final do século 40% da população da Terra será africana
Em 2100,
40% da humanidade será africana Pixabay
Estudos recentes divulgados pelas Nações Unidas
(ONU) constatam que até 2100 cerca de 40% da humanidade será africana. As
previsões apontam que já em 2050 um terço dos jovens do planeta estará vivendo
na África.
Há anos os pesquisadores trabalham com estatísticas
prevendo que a população da Terra deve passar dos atuais 7,5 bilhões de
indivíduos para 9,8 bilhões em 2050, ultrapassando os 11 bilhões em 2100. China
e Índia continuam sendo o motor desse crescimento populacional, já que juntos
eles acumulam hoje dois terços da humanidade (2,7 bilhões de pessoas).
Porém, o continente africano deve conhecer uma
explosão demográfica que pode inverter esse cenário. Atualmente a África
representa 17% da população mundial, com 1,3 bilhão de habitantes. Mas os
estudos preveem que esse número chegará a 4,5 bilhões em 2100, o equivalente a
40% dos seres humanos que viverão na Terra no final do século.
De acordo com o relatório da ONU “Perspectivas da
População Mundial, a revisão de 2017”, até 2050, metade do crescimento da
população mundial será concentrado em apenas nove países: Índia, Nigéria,
República Democrática do Congo, Paquistão, Etiópia, Tanzânia, Estados Unidos,
Uganda e Indonésia. Nessa lista, os africanos estão entre os mais dinâmicos. A
Nigéria, por exemplo, deve atingir uma população de 410 milhões de habitantes
em 2030, tomando dos Estados Unidos o terceiro lugar do ranking mundial.
Esse fenômeno é constatado em boa parte da África.
Se em 1950 o continente africano não contava com nenhuma cidade com mais de um
milhão de habitantes, em 2013 – data do último censo generalizado – 54 cidades já
ultrapassavam um milhão de moradores. E esse número tem chances de dobrar até
2030.
Para os especialistas, várias razões explicam essa
explosão demográfica africana. Um dos motivos é a desaceleração da
natalidade na China, que deve registrar um declínio na segunda metade do século. Mas
segundo Gilles Pison, pesquisador do Instituto Nacional de Estudos Demográficos
da França ouvido pelo jornal Le
Monde, esse
fenômeno estaria ligado principalmente ao fato de que atualmente o continente
africano registra uma taxa de mortalidade em baixa, mas que os índices de
natalidade continuam em alta.
Veja a evolução da população dos países no gráfico
abaixo:
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