Aeroporto
de Brasília tem combustível só até 16h deste domingo
Publicado
em 27/05/2018 - 13:33
Por Débora
Brito - Repórter de Brasília Brasília
No sétimo dia da greve dos
caminhoneiros, a administração do aeroporto de Brasília informou que as
reservas de combustível do terminal voltaram ao nível de alerta e só tem
querosene suficiente até as 16h deste domingo (27). Ontem (26), o aeroporto
da capital recebeu 10 caminhões de combustível, elevando as reservas a
12,5%.
Desde as 18h de ontem, o
aeroporto não recebe caminhões de combustível. De meia-noite ao meio-dia
de hoje, o terminal operou 43 pousos e 38 decolagens. Até o fim da
manhã, três voos foram cancelados e haviam dois atrasados. Segundo a
Inframérica, que administra o aeroporto da capital, o tempo dos atrasos
registrados não passou de 30 minutos.
Os aeroportos administrados pela
Infraero recebem pousos e decolagens, mas permanecem monitorando o
abastecimento de querosene de aviação. Nos terminais desabastecidos, as
aeronaves chegam e só podem decolar se tiverem combustível suficiente para a
próxima etapa do voo.
De acordo com a Infraero,
até as 9h10 de hoje, continuavam sem combustível os aeroportos de Carajás
(PA), São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG),Ilhéus (BA), Goiânia (GO),
Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE), Maceió (AL), Aracaju (SE),
Joinville (SC) e João Pessoa (PB).
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda não
concluiu os dados de hoje sobre desbloqueio nas rodovias - Vladimir Platonow /
Agência Brasil
Estradas
Segundo a Polícia Rodoviária
Federal, até ontem à noite haviam 554 pontos de bloqueios nas
estradas e 625 pontos já tinham sido desbloqueados desde o início das
operações.
Dos 27 estados brasileiros, 23
ainda tinham pontos de bloqueio. Os números da manhã de hoje ainda
estão sendo levantados e devem ser divulgados após a reunião de monitoramento
que está ocorrendo no Palácio do Planalto.
Suspensão de aulas
A reitoria da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou que as aulas da graduação,
pós-graduação e de educação básica estarão suspensas
nesta segunda-feira (28). Por meio de nota oficial, a reitoria disse
ainda que as atividades de atendimento à população e os serviços de manutenção
da universidade funcionarão normalmente.
Amanhã, no fim da tarde, será
feita uma avaliação pela reitoria da UFRJ sobre os desdobramentos da crise.
Outras universidades adotaram o mesmo procedimento. A reitoria da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) emitiu comunicado orientando os professores a
não realizarem atividades de avaliação e a desconsiderarem as ausências dos
estudantes.
A paralisação dos caminhoneiros
também ocasionou a falta de alimentos nos restaurantes universitários. Na
Universidade Estadual de Londrina, por exemplo, a falta de mantimentos e
materiais levou à suspensão do funcionamento do restaurante.
A universidade decidiu também
suspender as atividades acadêmicas amanhã, quando a administração voltará a se
reunir para avaliar os efeitos das medidas tomadas para desbloquear as
estradas. Somente as atividades administrativas não serão suspensas.
O restaurante universitário da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) não serviu jantar na
sexta-feira (25). A universidade pediu que a comunidade acadêmica acompanhe as
atualizações no site da instituição a partir de amanhã.
A Universidade Federal do Paraná
(UFPR) liberou as chefias de departamentos para decidir como administrar as
atividades acadêmicas e programar a reposição de aulas. Também orientou que as
direções dos setores administrativos adotem ponto facultativo para os
servidores. A reitoria informou que avalia permanentemente a situação e
informará a qualquer momento sobre novas medidas em decorrência da paralisação
dos caminhoneiros.
As universidades federais da
Bahia e de Pernambuco também emitiram comunicado oficial anunciando suspensão
das aulas amanhã. A Universidade Federal do Tocantins (UFT) suspendeu
a aplicação de provas dos vestibulares de educação de campo, de
transferências e para concurso de professor.
Saiba mais
- Paralisação de caminhoneiros nas estradas entra no sétimo dia
- Marun apresenta a Temer mais reivindicações dos caminhoneiros
- Veja como foi sexto dia de paralisação dos caminhoneiros
Edição: Armando
Cardoso