Advogados
pedem libertação de afegã símbolo de refugiados
- 01/11/2016 15h53
- Brasília
Da ANSA
Os advogados de Sharbat Gula, refugiada afegã
imortalizada em uma capa da revista National Geographic em 1985, pediram
nesta terça-feira (1º) a um juiz de Peshawar, no Paquistão, sua liberdade
provisória e disseram que ela sofre de hepatite C.
Gula foi presa no último dia 26 de outubro, acusada
de falsificar o documento de identidade paquistanês, que não pode ser portado
por estrangeiros. Um dos defensores da afegã afirmou na primeira audiência
sobre o caso que a mulher é mãe de quatro filhos e a única responsável por
sustentá-los.
Além disso, os advogados lembraram que ela estava para voltar ao Afeganistão, após mais de 30 anos vivendo como refugiada. Gula é investigada desde 2015, quando a polícia descobriu que ela residia no Paquistão usando documentos falsos com o nome de Sharbat Bibi.
A refugiada aguarda julgamento em uma prisão feminina e pode pegar até sete anos de cadeia. Gula foi retratada pelo fotógrafo Steve McCurry em 1984, quando havia acabado de chegar ao campo de acolhimento de Peshawar, fugindo da guerra soviética no Afeganistão.
Na época, ela tinha apenas 12 anos, e a foto estampou a capa da "National Geographic" em junho de 1985. Seu olhar intenso voltado à câmera fez com que ela fosse chamada de "Mona Lisa do Terceiro Mundo".
Depois de 17 anos, em 2002, McCurry a reencontrou vivendo no campo de refugiados de Nasir Bagh, também no Paquistão, e a fotografou novamente. O retrato foi publicado na mesma revista e a mostra com os olhos magnéticos que a tornaram famosa no mundo inteiro.
Além disso, os advogados lembraram que ela estava para voltar ao Afeganistão, após mais de 30 anos vivendo como refugiada. Gula é investigada desde 2015, quando a polícia descobriu que ela residia no Paquistão usando documentos falsos com o nome de Sharbat Bibi.
A refugiada aguarda julgamento em uma prisão feminina e pode pegar até sete anos de cadeia. Gula foi retratada pelo fotógrafo Steve McCurry em 1984, quando havia acabado de chegar ao campo de acolhimento de Peshawar, fugindo da guerra soviética no Afeganistão.
Na época, ela tinha apenas 12 anos, e a foto estampou a capa da "National Geographic" em junho de 1985. Seu olhar intenso voltado à câmera fez com que ela fosse chamada de "Mona Lisa do Terceiro Mundo".
Depois de 17 anos, em 2002, McCurry a reencontrou vivendo no campo de refugiados de Nasir Bagh, também no Paquistão, e a fotografou novamente. O retrato foi publicado na mesma revista e a mostra com os olhos magnéticos que a tornaram famosa no mundo inteiro.
Após tomar conhecimento da prisão de Gula, o
fotógrafo disse estar disposto a fazer "todo o possível" para dar
assistência legal à refugiada e a sua família. "Eu me oponho a essa ação
das autoridades nos termos mais fortes. Ela sofreu durante sua vida toda, e sua
prisão é uma clara violação de seus direitos humanos", escreveu McCurry no
Instagram.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o Paquistão é o segundo país que mais abriga essa categoria de deslocados em todo o mundo, com 1,6 milhão de pessoas, atrás apenas da Turquia, com 2,5 milhões.
Por outro lado, o vizinho Afeganistão é a segunda principal nação de origem de refugiados no planeta, com 2,7 milhões, perdendo somente para a Síria, com 4,9 milhões.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o Paquistão é o segundo país que mais abriga essa categoria de deslocados em todo o mundo, com 1,6 milhão de pessoas, atrás apenas da Turquia, com 2,5 milhões.
Por outro lado, o vizinho Afeganistão é a segunda principal nação de origem de refugiados no planeta, com 2,7 milhões, perdendo somente para a Síria, com 4,9 milhões.
Edição: Da
Agência Brasil
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